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NM4U Review: Soulfly em Goiânia

Os ânimos estavam à flor da pele para receber, pela primeira vez em Goiânia e depois de longos 10 anos sem pisar em terras brasileiras, a banda que levou a brasilidade e elementos da cultura tribal a mistura de metal, reggae, Hip-Hop e World Music em geral, com o já consagrado ícone Max Cavalera. E apesar de sua recente doença que lhe causou paralisia parcial no rosto, cantou como ninguém e proporcionou um show inesquecível para o público goiano.

Um pequena intro de banghra indiano é feita para simbolizar a calmaria que antecede a tempestade e assim começa o show com a arrasadora "Rise of the Fallen" e seu riff que mais lembra um som de sampler, no melhor estilo Tom Morello, feito pelo virtuoso guitarrista Marc Rizzo (ex-Ill Niño). A voz de Max muda de uma calma saudação ao público goiano para sua típica voz cavernosa, berrando em tom grave. Seu filho Zyon, é o encarregado da bateria, surpreendente talentoso para a idade dele e consegue manter o ritmo criado por figuras que já passaram pelo Soulfly como Roy Moyorga e Joe Nunez. Tony Campos (ex-Static-X) também mantém a boa atuação, que antes era feita por Bobby Burns.

Foi realmente um show para os verdadeiros fãs da banda, com seu estilo único de mistura de gêneros que a acompanharam desde o início, tendo ênfase no repertório dos primeiros álbuns (Soulfly, Primitive,  3 e Prophecy), apenas 2 músicas do Dark Ages ("Babylon" e "I and I") e praticamente passando batido a fase de Conquer. A primeira parte do show foi uma sequência muito turbulenta de "Prophecy", "Primitive" , "Downstroy" , "Seek N Strike" e "No Hope = No Fear". Sempre com Max mandando o refrão para o público que gritava uníssono.


A segunda parte do show foi praticamente uma viagem no tempo, para uma época onde o Sepultura era provavelmente a maior banda de Metal dos anos 90, com "Refuse/Resist" (essa sendo tocada com o intuito de mostrar que o batimento de coração do filho de Max na intro da música tinha crescido e se transformado no rufar de tambores matadores da própria). "Territory" também do Chaos A.D. vem logo em seguida e pronto, se mostra a partir daí por que que a alma do Sepultura reside no sangue dos Cavalera, não importa o que resulte dos eternos debates sobre a formação original. Do Sepultura também foram tocadas em junção "Arise" e "Dead Embryonic Cells", "Troops of Doom" , "Innnerself" e claro, as matadoras do seminal álbum Roots,"Roots Bloody Roots" e "Atittude". Uma ótima sequência de percussão logo após a música "Porrada" também foi destaque, com todos os membros (incluindo Max) tocando e promovendo o som tribal característico da banda.

E como se a noite não tivesse mais surpresas, uma nova faixa do novo álbum Enslaved é tocada com nada mais nada menos do que todos os filhos de Max fazendo participação (o caçula Igor e Ritchie Cavalera cantando). Provando que a família Cavalera é sinônimo de Metal, em todos os sentidos. O show encerra com a intro de "Jumpdafuckup" e "Eye for an Eye" e já deixa saudades e com o desejo de que the boy from Brazil, venha mais vezes a sua terra natal fazer mais shows.

SOULFLY TRIBE FLY HIGH FLY FREE

Setlist (autógrafos de Tony Campos e Marc Rizzo)


Review feito por: @DouglasDALIEN

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