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NM4U Review: Limp Bizkit - Gold Cobra



Gold Cobra tinha missões homéricas a cumprir: registrar a volta da banda que mais deu face ao New Metal e resgatar a sonoridade dinâmica e potente do estilo. Superar ou ao menos estar à altura de pedras fundamentais como Signifcant Other e Chocolate Starfish era algo virtualmente improvável de ser feito, mas Gold Cobra consegue trazer de volta a aura de tudo que pode se definir sobre Limp Bizkit, e sobre New Metal em geral.

Consistente, pesado, melódico, uma mistura de todos os ábuns do Bizkit juntos com uma peformace destruidora de Wes Borland tornando-se então, o álbum mais bem trabalhado instrumentalmente da banda. Batidas potentes e ritmadas, baixo grooveado no talo, guitarra com uma sequência de riffs absurdamente poderosos e vocal cospe-fogo, características perdidas que voltaram a tona como um zumbi do mundo dos mortos. Em meio a um mainstream com bandas focadas em fazer sua música para tocar em rádios, o Limp manteu sua pegada de sempre, provando não estar nem aí sobre reiventar seu som para ter a preferência das rádios, quem ganha com isso são os fãs da banda que amam o Limp Bizkit do jeito que ele é. 

Mas antes que ao menos se pense em "mais do mesmo" ou mesmice, o álbum traz inovações surpreendentes que são praticamente um soco no estomâgo em todos que tentam estereotipar o som do Limp Bizkit. New Metal não têm solos? Pense de novo. Wes Borland traz sequências de guitarras incríveis que irá fazer até o hater mais chato e purista tremer, com riffs bem baseados em Thrash Metal, e mais uma vez, solos muito bem trabalhados, remetendo aos clássicos de Hard Rock. 


Fred Durst voltou com vocais mais agressivos, Gold Cobra é uma variante de sonoridade vocais jogando rimas de gangsta rap, gritos hardcore e melodias cantadas, numa variabilidade nunca antes vista. DJ lethal volta arrebentando, porém, menos óbvio como outros DJs do estilo, abandona os típicos scratches e faz bases de batida eletrônica e samplers mixados transformando o turntable praticamente uma segunda cozinha e também acompanhando a guitarra com efeitos melódicos e keyboards. Contudo, também não podemos desmerecer a impecável seção ritmíca do baixo de Sam com a bateria de Jonh Otto, suave nas horas certas, explosiva nos momentos chaves. 

Os pontos altos do álbum ficam por conta de Gold Cobra que nos faz (mediante ou não a referência de Blind do KoRn na letra) lembrar o quanto que um ritmo pulsante e porradeiro fazia falta ao estilo, mesclando levada funk, melodias alternativas e quebradas de rítmo bem porradas. Get A Life em si, se resume no refrão explosivo, todo o peso e raiva do Three Dollar Bill, Y'all$. Músicas como Shark Attack e 90.2.10 nos remete aos tempos de fim da década de 90 e início dos anos 2000. Walking Away te faz viajar em uma pegada cativante, um feeling como poucas músicas já feitas até hoje pelo Limp Bizkit e com um solo que se encaixa perfeitamente com os gritos de Fred Durst, é uma das grandes provas de que há como inovar sem perder a sua própria identidade. Killer In You resume a essência do Limp Bizkit, batidas Hip-Hop com um vocal calmo, porém, sinistro de Durst, com guitarra que explode no final, encerrando a versão normal do álbum sem grandes despedidas, mas sim dando um gostinho de quero mais.

Contras? Talvez a falta de DJ Lethal estar mais presente, a lírica de Durst continua básica (porém, mais eficaz dessa vez) e Wes faz algumas repetições do que já tinha feito antes (o mais claro é o riff na segunda parte de Killer In You, que é só uma versão mais trabalhada do riff que fez em Weapons Of Mass Destruction do Crystal Method) e também existem passagens dispensáveis e algumas melodias que nos fazem relembrar da fase decadente de Results May Vary.

Limp Bizkit volta triunfante no que sabe fazer, mas sem cometer excessos no resgate da sonoridade como o KoRn e sem experimentalismos boçais como Linkin Park. Isso é Limp Bizkit, e em definição extendida, isso é New Metal em sua forma mais exemplificada. Se gosta da sonoridade, vai adorar, se não gosta...que continue chupando.

Review por: 




4 comentários:

Ficou otimo o texto falou tudo oque eu mesmo sentia sobre o Gold cobra , fiquei com medo de ser um album como as outras bandas de new metal vem lançando mais só de ouvir a 2 faixa Bring It Back ja se sabe que lá vem o bom e velho limp bizkit.
O maior ponto positivo do Limp bizkit hoje é o wes que parece que está feliz ,teve liberdade para trampar nas musicas e isso sempre acaba resultando em um bom trabalho a parti ruim que sinto falta mais do DJ Lethal nas musicas

Enfim parabéns rapaziada
@pandz_besaved

O album eh simplesmente fantastico....

A musica AUTOTUNAGE pra mim foi a melhor, e a LOSER a pior...


Nao tem nem mto o q comentar, pois o texto esta perfeito...

E apesar de ser comum, acho os scratches a melhor parte do trampo dos djs nas bandas de new metal

Esse album do Limp Bizkit ficou muito bom mais nao supera o Hybrid Theory do Linkin Park.

Manos... vocês foram FODAS nesse review. Passem essa porra pra inglês e mandem pro Durst q ele vai até se emocionar HAHAHAHA! Vou indicar o/