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System Of A Down: "Durante 5 anos, tentamos fazer shows no Brasil", diz John

*Entrevista concedida antes do show de São Paulo

Começando pelo fim, a última pergunta feita ao baterista John Dolmayan, um dos fundadores da superpolitizada banda System of a Down, em entrevista à Folha por telefone, foi sobre o governo de Barack Obama.

O System of a Down toca hoje (01/10) à noite em São Paulo. Amanhã (02/10), o quarteto californiano, praticante de um rock étnico -parte metal, parte indie, parte progressivo-, todo composto por integrantes de origem armênia, é uma das grandes atrações do festival Rock in Rio. É a primeira vez da banda no Brasil.


"Você deu azar. Da banda, sou o que menos se mete com política ou fala sobre", respondeu o baterista, para depois discorrer sobre o tema por quase 10 dos combinados 15 minutos da entrevista.

O System of a Down não é um grupo fácil. Com suas letras 100% de bronca político-social e seu rock de estrutura intrincada, o grupo formado nos anos 1990 entrou para a primeira divisão do heavy metal no começo dos 2000.

Esse combo aparentemente estranho serviu para "unir os povos" do som pesado e angariar adeptos de diferentes vertentes. Seus álbuns venderam milhões no mundo todo -"Toxicity", de 2001, vendeu 12 milhões; "Mezmerize", de 2005, 10 milhões.

E há tempos que toda lista de "Queremos ver a banda tal no festival tal" feita no Brasil bota o System of a Down, ou SOAD, nas cabeças.


"Antes do hiato da banda, passamos uns cinco anos tentando fechar shows aí e não sei por que não conseguimos. Sempre soubemos que temos um público insano aí que nunca viu o nosso show."

Estafada com anos de muitos shows, com dúvidas sobre os limites do sucesso e com algumas brigas internas, o System of a Down parou de tocar entre 2006 e 2011. Nesta retomada, que começou em maio deste ano no Canadá, a banda incluiu o Brasil na rota de sua turnê. A apresentação de hoje, na Chácara do Jockey, em São Paulo, tem abertura da banda brasileira de rock instrumental Macaco Bong.

Amanhã, no Rock in Rio, a banda divide as atenções com o Guns n' Roses.

"Vou chegar ao Brasil sabendo apenas uma palavra em português: 'saco'disse Dolmayan, lembrando quando a banda, em início de carreira, abriu alguns shows para o grupo brasileiro Sepultura na Europa. Os Cavalera me zoaram dizendo que 'drums' (bateria) em português era 'saco'. Então eu me exibia na língua dizendo que eu 'tocava saco'. Só fui saber o significado algum tempo depois."

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