A revista Zoiks! (revista online), fez uma entrevista com o guitarrista do Korn, James “Munky” Shaffer. Onde ele fala sobre o último álbum, sobre o próximo álbum, Ray etc. Confira a entrevista abaixo:
Zoiks!: O que eu mais gostei foi no seu último álbum foi um retorno às suas raízes, mas ao mesmo tempo o álbum ainda era novo e fresco. O que vocês queriam para o último álbum?
Munky: Eu acho que nós estávamos tentando capturar o elemento vivo, tocando realmente como uma banda, gravações em fitas etc. Nós procuravámos aquele fogo e emoção que havia por trás de nossas gravações, sem querer saber o que vai acontecer, escrever suas letras ali e agora, captar a emoção, ao contrário do que fazer tudo no computador.
Zoiks! Online: O que Ray (baterista)trouxe para o álbum?
Munky: Ray trouxe um monte de … um monte de batidas matadoras!! (risos). Ele é um baterista muito bom e neste negócio há pouquissímos bateristas que podem tocar como ele. Foi bom ter sangue fresco na banda, trazendo o seu talento para o que já tínhamos. Foi refrescante e muito emocionante. Ele estava tocando todas as nossas músicas, o sets antigos, coisas que ele não tinha escrito, por isso foi bom vê-lo escrever o seu próprio material e ver a paixão por trás de sua performance. Realmente, ele ofereceu mais do que pensávamos.
Zoiks! Online: Enquanto me preparava para nossa entrevista me deparei com uma entrevista com o Fieldy (baixista)e ele disse que já tinha começado a gravar demos para o próximo álbum. Como está o processo e há quanto tempo vocês estão trabalhando nisso?
Munky: Temos, provavelmente, três canções que escrevemos juntos,há uns dois, três meses. Jon (vocalista Jonathan Davis),também já tinha algumas demos no seu computador, então levamos para o estúdio, tocamos ao vivo e ajustamos o que tinha de ser ajustado. E então colocamos a linha de baixo e gravamos. Estãos legais. Elas meio que me lembram um pouco do estilo do Soundgarden, aquele tipo de som do Seattle … na verdade apenas um deles. As outras canções são um pouco diferentes, um pouco mais em fase experimental. Eu não vou falar muito. Estamos definitivamente na frente, nós provavelmente começaremos a gravar em abril.
Zoiks: Falando em álbum novo, eu estava vendo outro dia na sempre “confiável” Wikipédia que o seu projeto paralelo “Fear and The Nervous System” está prestes a lançar um novo álbum esse ano.
Munky: Sim, é isso mesmo. Está chegando a hora. Faltam só mais três músicas para mixar, e aí vamos atrás de alguém pra distribuir o CD. Eu ainda preciso falar com o produtor pra ver a opinião dele sobre isso. Eu cheguei até aqui sozinho, só com a ajuda dos outros caras da banda. Não queria ajuda extra – produtores, gravadoras – olhando o que eu tava fazendo e falando – “Não tem material para um single aqui”. Esse é um álbum, essas são as suas músicas. Não queria ninguém direcionando a minha criatividade. Acabou meio que tomando uma vida própria. Eu realmente preciso de ajuda pra decidir quem vai lançar esse CD, quero garantir que o maior número de pessoas tenham acesso a ele, seja se ele for lançado pela Roadrunner ou qualquer outra gravadora. Mas é isso ai mesmo, espero lançar ele até o verão.
Zoiks: Vocês tem carregado várias bandas debaixo de suas asas e as ajudado a fazer sucesso. Quando vocês estavam começando teve alguma banda que fez o mesmo por vocês?
Munky: Machine Head, eu não diria que eles nos levaram sob suas asas, mas eles falaram muito de nós na imprensa europeia e nos EUA também. Rob Flynn nos tornou público, então eu acho que já havia uma certa expectativa e emoção quando as pessoas nos ouviram. Bandas como Metallica nos levaram à estrada. O Ozzy… eu não sabia que haviam tantas bandas. Esses foram os nomes que eu lembrei. Colocando-nos diante de multidões, o que nos ajudou a ganhar muito fãs.
Zoiks: Como vocês têm conseguido fazer tanto? Entre gravações, turnês, álbuns etc, o que se destacou mais?
Munky: Acho que, provavelmente,gravar o “Untouchables” porque demorou muito, mas foi como uma grande festa durante vários meses. Fizemos alguns trabalhos, mas principalmente festa (risos). Em questão de shows, provavelmente o Woodstock em 99, aquilo foi enorme. Lembro-me de andar em um tanque descendo as ruas de Toronto, o que foi estranho pra caralho, mas foi legal. Nós estávamos em uma turnê de imprensa para o “Follow the Leader”. Estávamos fazendo essas coisas malucas em duas cidades por dia. Tinhamos um jato particular e quando você tem um jato particular, você só pensa em festa e em ficar muito bêbado. Você vai para as contratações de gravadoras beber cerveja, enquanto você está assinando coisas. Foi muito foda, andando em tanques e merda, ou dirigindo um caminhão monstro. Tivemos Jim Rose (fundador do “sideshows”), conosco por algum tempo fazendo um Q & A. Ele além de ser um personagem do caralho, é engraçado e um cara legal.
Zoiks: Que tipo de conselho você daria para bandas que estão entrando na cenário musical agora?
Munky: Auto promoção é provavelmente a chave. Eu acho que muitas pessoas ficam presas em casa no computador, dizendo: ‘uau olha quantas pessoas estão aqui. “Tente fazer o máximo de shows que você puder, porque a melhor maneira de alcançar as pessoas é “cara a cara”, e não do computador para computador. Essas pessoas são cibernéticas, não são reais até que você possa vê-las pessoalmente. Envie seu CD ou seu flyer e então você irá vê-las no show, em seguida, elas se tornam uma realidade. Você tem que tirar as pessoas do mundo cibernético e introduzí-las no mundo real. Eu acho que a coisa mais importante é levar as pessoas para seus shows e fazendo isso “cara a cara” ao invés de ‘oh, eu tenho 15.000 pessoas no meu MySpace ou Facebook, mas quantas dessas pessoas estão indo assistir o seu show? Isso é o que conta.
Zoiks: – Com o estado atual da indústria da música, o material online é útil para todos?
Munky: Sim, eu acho que é útil para todos. Por algum tempo era apenas para ferir big bands ou ajudar bandas menores a se promoverem, mas acho que hoje em dia não é mais assim. Ficou mais acessível para as pessoas. É uma espécie de obstáculo, ou talvez não seja realmente um obstáculo, apenas uma montanha, ou seja, difícil de se escalar mas iremos usá-la para alcançar os fãs nos quatro cantos do mundo, fãs que nunca ouviram falar sobre o show, ou você ou de sua música.
Fonte: MPSI Rock
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